Olá Trail Runner!
Dessa vez resolvi falar sobre o que está mas não está no vídeo em questão, entende? Fiz o vídeo com o propósito de divulgar e informar uma etapa da Discover Trail em São Luís do Purunã, mostrando a distância longa em detalhes.
O vídeo ficou muito show (pelo menos para mim, haha) mas você nem imagina o que aconteceu, ou melhor, o que acontece em cada “investida” para produção de um evento. Curta o vídeo e já já conversamos:
Esse dia confesso que estava muito nervoso! Coitada da Marcella, rs… É sempre assim perto de uma prova, a pressão é muito grande e muitas coisas não conseguimos controlar, mas com o tempo vamos aprendendo a se precaver. De qualquer forma, o medo vem e as emoções ficam a flor da pele.
Nesse dia eu queria correr “como se estivesse na prova”, pelo menos até a linha de corte! Pois dentro de mil cálculos e variáveis (como análises das provas anteriores, levar amigos de diferentes níveis no local e “feeling” de meia década organizando eventos também) eu precisava saber se o tempo do corte estava justo para os participantes e que não atrapalhasse o evento como um todo.
Então eu fui, como milhões de outra vezes, pelas trilhas do “morro da vaca” carinhosamente apelidado pela pessoa que aqui escreve (mas isso é outra história), descendo em direção do rio e tentando enquadrar a melhor imagem sem perder o foco.
E quando cheguei no rio pensei em desligar a câmera para não correr o risco de derrubar o gimbal na água em um suposto escorregão e quando… Sim! Uma leve olhada para a câmera foi o necessário para pisar numa pedra em falso e deslizar de lado e definitivamente abrir a testa em uma pedra!
Eu simplesmente não conseguia acreditar que tive um tombo tão besta. E pra proteger o gimbal eu não consegui apoiar a mão esquerda no chão. A batida foi tão forte que fiquei zonzo por uns segundos e encharcado de sangue. Lavei o machucado com a água do rio, estanquei-o com a viseira e segui adiante. Obviamente que depois disso a pressa acabou e os “takes” demoraram para voltar por alguns minutos.
Nas subidas para a pousada Varshana eu fiquei pensando demais no “por que eu estava ali?” e se realmente vale a pena. Se eu desmaio no rio, ninguém me acharia a tempo de me ajudar e estou sujeito a isso em 90% das vezes que vou “produzir” um evento Trail em sua essência.
Claro que não posso generalizar, pois cada lugar é único e cada evento tem seus desafios e tem tanta história nesses cinco anos de eventos que olha, daria um livro…
Quem sabe um dia.